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Depois do auge da procura para o Morango do Amor, preço da fruta atinge platô na Ceasa Campinas
Frutas sobem 2,4% com destaque para limão tahiti , que salta 27,3%; maracujá azedo e melancia também ficaram mais caros. Já verduras e legumes recuam pelo aumento da oferta
Por Janete
Publicado em 06/08/2025 17:42
Economia

O levantamento do Sacolômetro da Centrais de Abastecimento (Ceasa) Campinas na semana de 28 de julho a 4 de agosto mostrou frutas brasileiras registrando alta de 2,4% no segmento. O alho nacional teve a maior queda da semana, com redução de 27,3%, e ovos registram primeira baixa do mês.

 

Frutas seguem trajetória de alta

 

O limão tahiti lidera os aumentos, saltando de R$ 2,75 para R$ 3,50 o quilo, alta de 27,3%. “O aumento do limão tahiti está ligado à menor oferta devido às condições climáticas e ao crescimento da demanda, tanto no varejo quanto na indústria de sucos”, explica Paulo Palma, técnico de Mercado e Agricultura da Ceasa.

 

O maracujá azedo também teve forte valorização de 21,5%, passando a R$ 7,73/kg.

 

Após a febre do “Morango do Amor” com alta nos preços, a fruta alcançou seu platô e estabilizou em R$ 31,67 o quilo.

 

Outras variações do segmento:

  • Melancia: +17,4% (R$ 2,70/kg)
  • Banana nanica: +9,1% (R$ 3,00/kg)
  • Mamão havaiano: +6,1% (R$ 4,38/kg)

 

Verduras continuam em queda

 

As verduras apresentaram recuo de 6,2%. A alface crespa liderou as quedas com baixa de 20,1%, passando a R$ 2,50/kg. O preço do brócolis ninja teve queda de 12,4%, sendo vendido a R$ 5,00/kg.

 

“Tivemos um pico de produção nos cinturões verdes, o que contribuiu para a queda nos preços”, aponta Palma.

 

Legumes mantêm queda gradual

 

Os legumes registraram nova baixa de 3,9%, consolidando movimento de correção. O tomate débora teve a maior redução do segmento, com queda de 25%, passando a R$ 4,50/kg, uma vez que “passa por um período de recuperação da safra e amplia a oferta, favorecendo o consumidor”, explica o técnico.

 

Mais destaques da categoria:

  • Abobrinha brasileira: -14,3% (R$ 6,67/kg)
  • Pepino caipira: -14,3% (R$ 6,00/kg)
  • Jiló: -7,1% (R$ 8,67/kg)

 

“No caso da berinjela, houve uma quebra pontual de safra que impactou diretamente nos preços”, ressalta Paulo. Com destaque positivo, teve valorização de 22,2%, comercializada a R$ 5,00/kg.

 

Alho nacional fecha em baixa

 

O grupo das raízes e tubérculos apresentou queda expressiva de 17,7%, puxada principalmente pelo alho nacional, que teve redução de 27,3%, passando de R$ 33,00 para R$ 24,00 o quilo. “O alho nacional está perdendo competitividade frente ao importado neste momento, o que força os preços para baixo”, observa o técnico.

 

Em movimento contrário, outros produtos do segmento subiram: a batata ágatha teve alta de 18,2%, vendida a R$ 2,60/kg; a cebola nacional subiu 16,7%, cotada a R$ 1,75/kg.

 

Outros saldos positivos:

  • Beterraba: +12,5% (R$ 2,25/kg)
  • Cenoura: +12,5% (R$ 2,25/kg)

 

Ovos registram primeira queda do mês

 

“A leve retração nos preços é reflexo do aumento da produção em algumas granjas da região”, explica Paulo Palma. Após semanas de estabilidade, o setor de ovos apresentou recuo de 3,8%. O ovo vermelho teve baixa de 5%, passando a R$ 190,00 (30 dúzias), e o ovo branco recuou 2,6%, vendido a R$ 185,00 (30 dúzias).

 

Sobre o Sacolômetro

 

O Sacolômetro é uma publicação semanal da Ceasa Campinas que monitora as variações de preços dos principais produtos hortifrutigranjeiros praticados no entreposto. A ferramenta oferece transparência ao mercado e auxilia na tomada de decisões comerciais.

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