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Famílias de presos e oposição pedem anistia ampla em reunião
Trump diz que Brasil “vai muito mal” e vai fracassar sem os EUA
Por Janete
Publicado em 24/09/2025 17:09
Política

Parlamentares da oposição e representantes da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (ASFAV) se reuniram nesta terça-feira (23), em Brasília, com o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto de anistia. O grupo rejeitou a ideia de “dosimetria” e defendeu anistia ampla para os envolvidos nos atos de 2023.

A advogada Carolina Siebra, representante da ASFAV, apresentou os números atualizados: 144 pessoas ainda estão presas, 44 cumprem prisão domiciliar com tornozeleira e centenas permanecem com salários e bens bloqueados. Ela citou casos emblemáticos, como o de Roberta, condenada a 14 anos por orar no Senado, e o de Clezão, que morreu na prisão após pedidos de soltura negados.

– Redução de penas não vai trazer o pai de volta para as filhas do Clezão nem o tempo perdido de quem está há quase três anos preso sem provas. O clamor é por anistia ampla, geral e irrestrita. Peço misericórdia por essas famílias – afirmou Siebra.

 

Segundo a advogada, sete pessoas já morreram em decorrência das condições no cárcere. Pesquisa feita pela ASFAV mostra que 96,7% dos familiares apoiam a anistia plena e 81,3% rejeitam a redução de penas.

O deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição, reforçou a posição.

– O Brasil já fez quase 50 anistias em sua história. Se em 1979 foi possível perdoar crimes de agentes do regime militar e de revolucionários de esquerda, por que agora não anistiar pessoas inocentes que não participaram de golpe de Estado? – disse.

Ele também criticou a proposta de dosimetria no Legislativo.

 

– Essa é uma atribuição do Judiciário. O Congresso não pode criar um precedente inconstitucional que desvirtue seu papel – ressaltou.

O debate ainda envolve críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos no Supremo. A ASFAV sugeriu que Paulinho da Força visite os presos para conhecer de perto a situação. Novas conversas entre o relator e a oposição devem ocorrer nos próximos dias.

 

 

 

 

 

Trump diz que Brasil “vai muito mal” e vai fracassar sem os EUA

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o Brasil nesta terça-feira (22) em discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque. Ele defendeu as tarifas comerciais de até 50% impostas ao país e afirmou que a nação sul-americana tem agido de forma “injusta” contra os americanos.

Trump disse que as medidas são uma resposta a tarifas aplicadas anteriormente pelo Brasil e também pela ação do Judiciário contra cidadãos americanos.

– Mas no passado, o Brasil tarifou nosso país de uma forma muito injusta. E por causa dessas tarifas, nós pusemos tarifas de volta, e também como presidente, eu defendo a soberania e direitos de cidadãos americanos – afirmou.

 

Em outro momento, ele disse:

– O Brasil enfrenta tarifas massivas em resposta por seus esforços sem precedentes para interferir nos direitos e liberdades dos nossos cidadãos norte-americanos e outros. Com censura, repressão, corrupção judicial e perseguição a críticos políticos nos Estados Unidos.

Trump ainda afirmou que o Brasil “vai se dar mal” caso escolha se afastar dos Estados Unidos.

– Eu lamento dizer que o Brasil está indo mal, e que vai continuar indo mal. E eles só irão bem se trabalharem conosco. Sem a gente, eles vão falhar como outros falharam.

 

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